Habacuque 3:17-19. Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.
Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.
O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos.
É muito provável que se eu começar a orar por determinado propósito, as circunstâncias tomem um rumo que provoque qualquer expectativa, menos a de vitória. Ora-se pelas famílias e elas se fragilizam, pelos filhos e eles se afastam, pelo sustento e os víveres escasseiam, pela paz e eis que vem perplexidade. Parece paradoxal, o Deus que nos manda clamar em nossas necessidades, nos coloca em um cenário oposto ao que almejamos.
Ocorre que Deus quer nos dar algo além da benção nua e crua. Quer dar-nos a possibilidade de enxergar o invisível, alegrar-nos não apenas na concretização da bonança, mas também na abstração da esperança. A fé é esse elemento que se projeta além da esfera tridimensional, e vai repousar tranqüila no reino das possibilidades latentes. Daí, se nutre de Deus, não apenas do que Ele dá.
A alegria não deve ser produto das realizações sensíveis, porém muito mais de uma confiança nas idealizações inacessíveis. Isto equivale a andar altaneiramente, caminhar de forma superior, ver da perspectiva aérea e não com a curta visão do agora, do já. Deus é a força que nos mantém de pé, não o sucesso, os bens, a família, a igreja, etc.
Sempre que a sua oração pareça não ter a resposta esperada, pode ser que Deus queira que você pare de olhar com os globos oculares. Não mire a figueira sem fruto, à oliveira faltando o produto, o campo semeado sem resultado, o curral vazio de gado; o filho desgarrado, o pai embriagado, o credor impiedoso, o matrimônio em ruína, o corpo canceroso, a alma medrosa; veja-os, mas fixe o olho da alma no Senhor. Ele permitirá que você enxergue com os olhos d’Ele.
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado, Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Pois sei que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus, dos que foram chamados segundo o seu propósito[1]. Por isso não desfaleço; mas ainda que o meu homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a minha leve e momentânea tribulação produz para mim cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando eu nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas[2]. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que peço ou penso, segundo o poder que em mim opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus , por todas as gerações, para todo o sempre. Amém[3].”