Isaías 54:10 “As montanhas podem desaparecer, os montes podem se desfazer, mas o meu amor por você não acabará nunca, e a minha aliança de paz com você nunca será quebrada. É isso o que diz o SENHOR, que tem amor por você.”

Nova Tradução na Linguagem de Hoje

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Bob Fitts - Sacrifice

Massacre o homem velho...

Romanos 6:6 “...sabendo isto, que  o  nosso  homem velho foi crucificado com ele, para que o  corpo  do  pecado  fosse  desfeito,  a  fim  de  não servirmos mais ao pecado.”
Sabe quem é o velho homem? É o velho Adão, a natureza que ele teve após a queda; gulosa para o pecado, insaciável, voltada para todo tipo de cobiça e concupiscência. A Bíblia também a chama de carne, já que tudo o que interessa a esta estrutura é aquilo que satisfaz aos impulsos e sensações do corpo de carne (é bom lembrar que o corpo de carne, criado por Deus, não é a “carne”. O corpo é vítima. Pode ser levado tanto para os excessos como para continência). Paulo o chama de “corpo do pecado”1, talvez porque através desta estrutura o pecado toma forma, se manifesta.
Como o corpo do pecado passou a existir dentro dos primeiros humanos, ainda nos é um mistério, sabe-se que Adão e Eva foram movidos por concupiscência e soberba, mas isto já é resultado do pecado. A estrutura carnal parece que se foi tecendo, cristalizando lentamente. Devido os eventos do Gênesis serem narrados em poucas paginas e palavras, nos passam a impressão que ocorreram instantaneamente. Na verdade a tentação pode ter durado dias, o suficiente para consolidar dentro do homem e da mulher, impressões, sensações... Eles tiveram bastante tempo para rejeitar ou aceitar as ofertas. Não se tratava apenas de uma questão superficial (comer uma fruta), tratava-se de elementos que poderiam desamarrar o arcabouço original do ser (na verdade puseram em dúvida a bondade e veracidade de Deus, dando crédito ao inimigo). A sua obediência ou desobediência teria desfecho psicológico, físico, moral, espiritual... e mais, com potencial de transferir aos descendentes os desajustes de personalidade e biológicos.
A carne é invisível, não é possível ataca-la e vencê-la por métodos físicos. Penitenciar o corpo não funciona, afastar-se da vida em comunidade também não, muito menos praticar boas obras ou religião. Palavras de ordem? Perda de tempo! A única forma de deter a carne é crucificando-a com Cristo. Bem, Cristo não está mais crucificado, nem se pode mais crucifica-lo; logicamente está-se falando de forma alegórica. Quando Cristo morreu nós morremos também. Embora tenha morrido há cerca de 2000 anos atrás, sua morte tem eficácia nos que crêem hoje. Se morremos em Cristo, cumprimos a justiça exigida: a pena do pecado era a morte. Da mesma forma que Ele ressuscitou, também revivemos para uma nova vida. A vitória de Cristo sobre o pecado é algo concreto em nós, não nos é apenas um exemplo a ser seguido, tornou-se obra do Espírito Santo, e é uma realidade experimental; de fato, os que tomam sobre si, pela fé, a vitória de Cristo, sentem que podem vencer, e vencem, as tentações; o senso de desobrigação para ceder à concupiscência torna-se tão operante, que nos envergonhamos ao lembrar dos excessos que outrora praticamos. Experimentamos o sabor de uma vida sem obrigações para com o pecado!
O velho homem permanece em nós, em estado latente de sobrevivência, crucificado, aguardando uma boa hora, que, é bom que saibamos, jamais devemos lhe dar. Pior que a condição de pecador inveterado é a posição de “crente carnal”. Mas isto é um outro assunto.

[1] O pecado é o alimento do corpo do pecado; dele se alimenta e dele engorda. Se lhe for tirada a fonte de abastecimento mirrará e terá pouca força para vencer o homem espiritual. Somente através da ação de Cristo é possível livrar-se do pecado.


Graça e Paz!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor"

Acho que não há um crente que não conheça este verso do Salmo 33. É a frase predileta nos cartazes das marchas cristãs. Aí a gente começa a sonhar com um país convertido... Pôxa que felicidade! Paz... amor... prosperidade... futuro... Mas o que é de fato uma nação cujo Deus é o Senhor? E que Senhor é este?

O Senhor é, certamente, o Deus da Bíblia, da nação Israelita, mas que não tem o menor interesse em ser relegado a uma divindade tribal; revelou-se a tal nação para que a mesma fosse uma testificadora e multiplicadora de seu amor


O Salmo já citado contém entre seus versos a afirmação que este Senhor ama a justiça e a retidão (v.5); logo a nação cujo Deus seja Ele deve ser justa e reta.

Também afirma  (vv.7-9) que Ele é quem criou e controla a terra e seus fenômenos belos ou assustadores, logo a nação que o tem como Senhor não pode atribuir seus feitos a outros deuses, ídolos, senhores ou acaso.

Outra afirmação fortíssima (v.10,11) é que Deus frustra, isso mesmo, frustra o desígnio das nações. Dá uma impressão que Ele é desmancha-prazer, mas a força da expressão está na idéia de que prevalecerá a vontade do Senhor. A nação que lhe teme deve alegrar-se na sua vontade.

Agora, olha só que coisa assustadora (vv.13-15): “O Senhor olha do céu e vê os homens, bem como o que fazem”. Esta onipresença de Deus é uma benção pra nação que anda direito, sua presença será a garantia de proteção; mas será uma maldição para a que anda “tortuosamente”, será a garantia de juízo.

“Não há rei que se salve com o poder de seu exército...” (vv.16,17). A nação que teme ao Senhor não se exaltará na sua capacidade de  fazer guerra, mas confiará que, a despeito de seus exércitos, sua vitória vem do seu Deus.

Esses ideais de justiça retidão, humildade, temor, confiança, entre outros, não são bobagens. Gosto muito de usar o exemplo da nação israelita. Enquanto eles confiaram inteiramente no Senhor, seguiram seus estatutos, não foram sobre-pujados por ninguém. Mas tão logo esqueciam destas leis eram subjugados.

Lamentavelmente o nosso Brasil está muito longe de ser uma nação dentro dos parâmetros do Senhor. A justiça cambaleia nas ruas, a retidão... que pena! Aqui é ”feliz” o esperto, desde o transgressor no trânsito, que suborna o guarda até o de alto escalão governamental que recebe “mensalão” para votar, falar, calar.

Somos uma nação que coloca no mesmo altar Deus e os inimigos d’Ele. Sejam a libertinagem, o ócio, amor às riquezas. Certamente que estamos mui longe da vontade do Senhor. O que Ele vê quando olha para os brasileiros? Evoluímos, mas em que se calca essa evolução?

Sabe por que a nação que teme ao Senhor é feliz? Porque esse temor (respeito) a fará cumprir as leis de Deus; leis superiores e eficazes, que farão os seus cidadãos mais justos, retos. Uma nação assim perdurará; mas um povo cuja lei é a lei da selva, lei do mais forte, se auto-destruirá; abrirá brecha para a dominação.

Agora, o temor de uma nação, é o temor de cada um de seus cidadãos, de suas famílias.