Acho que não há um crente que não conheça este verso do Salmo 33. É a frase predileta nos cartazes das marchas cristãs. Aí a gente começa a sonhar com um país convertido... Pôxa que felicidade! Paz... amor... prosperidade... futuro... Mas o que é de fato uma nação cujo Deus é o Senhor? E que Senhor é este?
O Senhor é, certamente, o Deus da Bíblia, da nação Israelita, mas que não tem o menor interesse em ser relegado a uma divindade tribal; revelou-se a tal nação para que a mesma fosse uma testificadora e multiplicadora de seu amor
O Salmo já citado contém entre seus versos a afirmação que este Senhor ama a justiça e a retidão (v.5); logo a nação cujo Deus seja Ele deve ser justa e reta.
Também afirma (vv.7-9) que Ele é quem criou e controla a terra e seus fenômenos belos ou assustadores, logo a nação que o tem como Senhor não pode atribuir seus feitos a outros deuses, ídolos, senhores ou acaso.
Outra afirmação fortíssima (v.10,11) é que Deus frustra, isso mesmo, frustra o desígnio das nações. Dá uma impressão que Ele é desmancha-prazer, mas a força da expressão está na idéia de que prevalecerá a vontade do Senhor. A nação que lhe teme deve alegrar-se na sua vontade.
Agora, olha só que coisa assustadora (vv.13-15): “O Senhor olha do céu e vê os homens, bem como o que fazem”. Esta onipresença de Deus é uma benção pra nação que anda direito, sua presença será a garantia de proteção; mas será uma maldição para a que anda “tortuosamente”, será a garantia de juízo.
“Não há rei que se salve com o poder de seu exército...” (vv.16,17). A nação que teme ao Senhor não se exaltará na sua capacidade de fazer guerra, mas confiará que, a despeito de seus exércitos, sua vitória vem do seu Deus.
Esses ideais de justiça retidão, humildade, temor, confiança, entre outros, não são bobagens. Gosto muito de usar o exemplo da nação israelita. Enquanto eles confiaram inteiramente no Senhor, seguiram seus estatutos, não foram sobre-pujados por ninguém. Mas tão logo esqueciam destas leis eram subjugados.
Lamentavelmente o nosso Brasil está muito longe de ser uma nação dentro dos parâmetros do Senhor. A justiça cambaleia nas ruas, a retidão... que pena! Aqui é ”feliz” o esperto, desde o transgressor no trânsito, que suborna o guarda até o de alto escalão governamental que recebe “mensalão” para votar, falar, calar.
Somos uma nação que coloca no mesmo altar Deus e os inimigos d’Ele. Sejam a libertinagem, o ócio, amor às riquezas. Certamente que estamos mui longe da vontade do Senhor. O que Ele vê quando olha para os brasileiros? Evoluímos, mas em que se calca essa evolução?
Sabe por que a nação que teme ao Senhor é feliz? Porque esse temor (respeito) a fará cumprir as leis de Deus; leis superiores e eficazes, que farão os seus cidadãos mais justos, retos. Uma nação assim perdurará; mas um povo cuja lei é a lei da selva, lei do mais forte, se auto-destruirá; abrirá brecha para a dominação.
Agora, o temor de uma nação, é o temor de cada um de seus cidadãos, de suas famílias.
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