Isaías 54:10 “As montanhas podem desaparecer, os montes podem se desfazer, mas o meu amor por você não acabará nunca, e a minha aliança de paz com você nunca será quebrada. É isso o que diz o SENHOR, que tem amor por você.”

Nova Tradução na Linguagem de Hoje

domingo, 6 de dezembro de 2009

“A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal.”

Os lavradores israelitas costumavam construir cabanas para se abrigarem durante a colheita, depois, estas passavam o resto do ano abandonadas.

Vamos refletir sobre casas vazias?

Coisa triste é uma casa desabitada, principalmente em locais desertos. Se a casa fosse um ser existencial, esta situação seria a crise dela, quando ela perde sua razão de ser, sua “casalidade”. Já vi muitas casas assim, é melancólico até passar por perto de uma delas.
Quanto era criança e ia visitar uma tia passava por uma casa pequena, localizada após uma mata fechada. Era bom passar pela casinha, dava-me a sensação de segurança, havia gente depois da mata esquisita. Mas um dia seus moradores partiram e ainda hoje a casa está lá, só, tomada pela mata.
Se aquela casa pensasse, que lembranças teria? Gritos de criança brincando, conversas, carinhos entre pais e filhos, visitas de amigos... Dias em que foi abrigo contra o sol, a chuva, ventos e animais nocivos... Dias em que cumpria o seu propósito. Mas, agora ela está lá... Fantasmagórica.
Como me incomoda esta casa! Ela evoca os meus pensamentos mais tristes, depressivos, sobre quando algo ou alguém deixa de ter propósitos e perde a essência de sua existência.
O texto citado no título, refere–se à Jerusalém, ou, mais precisamente, à nação que a tinha como capital, os israelitas. Esse povo foi chamado para tomar parte num propósito divino: levar o nome do único e verdadeiro Deus ao conhecimento de outros povos, guiá–los. Mas, tornaram-se mais pecadores que os pagãos, julgaram–se auto-suficientes perderam a comunhão com Deus e a autoridade de ser uma nação iluminadora e salvadora. Por várias vezes estiveram sob dominação; confusos e solitários, como a cabana no roçado, que perdeu seu propósito.
Infelizmente esta cena é comum aos seres humanos. Ao descaracterizarem-se por conta de seus pecados perdem a essência daquilo para o que foram criados: Tornam-se , então , vazios da habitação de Deus.
É desalentador sentir-se vivendo sem um propósito, como casas de barro sem habitante vivo!
Mas, há como se reverter este quadro; basta que se escancare as portas do ser para que o “inquilino que construiu a casa” retorne.
O que devolve a “casalidade” da casa não é reforma ou móveis novos; é gente dentro, pulsando vida pra todo lado, tornando-a mais que casa: num lar. O que irá devolver a humanidade do homem não serão novas filosofias de vida, nem religiosidade; será Deus, dando real sentido a vida do homem e da mulher ao trazer de volta o propósito para o qual os criou: Morada de sua glória.

Graça e Paz!

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